Antes de mais muitos PARABÉÉÉNS, futuro caloiro/a!
Se estás a ler isto, é porque provavelmente ingressaste num curso superior ontem e,
no meio da excitação e felicidade, começam a surgir algumas dúvidas legítimas sobre esta tua nova e excitante etapa!
Como ex-aluna do curso de Medicina da Universidade do Minho
(que me proporcionou 6 anos de trabalho e amigos maravilhosos),
resolvi atender aos pedidos de algumas leitoras e criar este pequeno guia,
que tentará focar alguns dos pontos mais importantes do teu futuro como estudante universitário/a.
1.
Onde vou morar?
Se ficaste colocado perto de casa, podes saltar este ponto, provavelmente.
Eu pertenço ao grupo que ficou na casa dos pais toda a universidade (moro a 10 minutos da Universidade do Minho),
o que tem as suas vantagens e desvantagens
(as vantagens incluem comidinha feita e roupa lavada, bem como uma rotina junto das pessoas do costume;
uma das principais desvantagens pode ser uma menor liberdade,
embora eu nunca tenha tido esse problema com os meus pais, mais o oposto até,
a minha mãe e o meu pai gostavam que eu tivesse saído mais durante a faculdade hahaha)
Para quem ficou longe, aconselho-te a ir já amanhã (se calhar alguns até já foram hoje) com os teus pais tratar do assunto!
(Provavelmente também te vais inscrever já amanhã - espera-te uma loooonga fila, provavelmente, por isso prepara-te!)
Nesta fase é mais complicado encontrares quarto/apartamento, pois os alunos dos outros anos já alugaram a maioria,
mas não desesperes, irás encontrar lugar para ti também!
Se tens amigos/conhecidos que entraram na mesma universidade que tu, juntem-se e tentem ficar juntos,
uma cara conhecida ajuda sempre, e dividir as despesas é melhor.
Se não conheces ninguém, não te preocupes...passarás a conhecer!
Há muitas pessoas que procuram pessoas com quem dividir apartamento, nomeadamente estudantes mais velhos!
Quando chegares à universidade, podes procurar os locais onde os anúncios estão afixados e quem sabe não encontrarás o lugar onde irás morar durante meses?
2.
A praxe
A praxe é um assunto que assusta alguns e entusiasma outros!
Se pertences ao grupo que tem um pouco receio da mesma e não a olhas com os melhores olhos,
deves primeiro reunir toda a informação possível sobre como funciona a praxe na tua universidade,
quem te pode praxar, como é o sistema, quais são os limites que nunca deves deixar ultrapassar...
tudo isto para tua própria segurança!
Há pessoas muito parvas...algumas até muito más, que usam a praxe para mandar nos outros e te rebaixar...
NÃO DEIXES!
Nunca faças nada com o qual não te sintas confortável, és caloiro, sim, mas eles não mandam em ti!
Posto isto, depois de te ter assustado um pouco...queria tranquilizar-te!
A praxe é um momento que pressupõe ensinar-te respeito e iniciar-te na vida académica...mas essencialmente integrar-te!
Quem te praxar, especialmente o ano que participar mais na mesma (pode ser o 2º ou o 3º dependendo das faculdades),
será precioso para te orientar, para tirar as tuas dúvidas, para te levar aos eventos da vida académica!
Além disso, crias um grande companheirismo com os teus colegas, e passas por vários momentos divertidos!
Na praxe, não importa o que vestes, não há maquilhagem, não há máscaras, és tu mesmo,
a fazer palhaçadas (ou a fazer flexões se se portarem mal!) e a descontrair!
Adorei a minha praxe, eram todos muito correctos, fazíamos jogos engraçados, aprendíamos músicas do curso,
por isso, a não ser que a tua seja substancialmente diferente da minha, o meu conselho é que penses duas vezes antes de te declares anti-praxe!
Provavelmente estarás a perder mais do que a ganhar!
(Isto se não tiveres uns atrasos mentais a praxar-te, se assim for, foge a sete pés e fica na tua, irás integrar-te na mesma sem a praxe!
3.
Onde comer?
Eu aconselho-te vivamente almoçar na cantina, especialmente se não estás a morar em casa.
Não pela qualidade da comida (embora eu não me possa queixar da do Minho!), mas porque é económico,
te permite conviver com os teus colegas, e não tens de ir para casa cozinhar.
Aliás, se estiveres na praxe, irás fazê-lo muitas vezes com os teus colegas...e será engraçado!
De qualquer forma, especialmente se estás a morar sozinho ou com colegas,
devem organizar-se em conjunto nas compras e nas tarefas domésticas, como cozinhar e limpar a loiça.
Há coisas que devem ser estabelecidas inicialmente para que a vossa convivência seja a melhor!
4.
Os amigos
A universidade é o local perfeito para conheceres pessoas novas...
É provável que faças alguns dos teus melhores amigos para toda a vida!
Especialmente se estás num lugar novo, precisarás de te rodear de gente que gostes e que partilhe os teus interesses!
Não tens de passar a universidade sozinho!
Para isso, não te feches, convive, sai, sê simpático e deixa acontecer!
Com isto não quer dizer que esqueças os teus amigos do passado...não!
Mantém-te em contacto com eles, agora com os telemóveis e o Facebook é a coisa mais fácil de sempre,
troquem experiências, combinem saídas na vossa terra-natal, não deixem a amizade morrer!
Eu e as minhas melhores amigas entramos TODAS em universidades diferentes e continuamos companheiras!
Por isso, está nas tuas mãos.
5.
As saídas
As saídas nocturnas fazem parte da vida académica!
Aconselho-te vivamente a aproveitá-las, mas com juízo, especialmente enquanto és caloiro/a!
Como médica sei que bebedeiras e tabaco não são os melhores hábitos...
mas beber um pouco de álcool, desde que em consciência, não é pecado!
Deves lembrar-te é que seja moderado, de beber porque queres...e não porque te estão a incitar/obrigar!
És tu quem estabelece os teus limites e deves conviver com as tuas decisões no final e nunca comprometer a tua segurança!
Se começas a notar que já não estás no teu melhor, pára.
Infelizmente há coisas que podem acontecer quando não estás nas tuas totais faculdades
e que depois poderás não te lembrar sequer...ou então arrependeres-te vivamente das mesmas!
A noite numa universidade deve ser para te divertires, dançares, conversares com os teus colegas,
mas não te esqueças de estar atento a todos os perigos.
Evita substância ilícitas, não caminhes por locais suspeitos ou escuros sozinha ou num pequeno grupo, mantém os olhos abertos!
Posto isto, goza muito a noite, é onde acontecem as situações mais hilariantes e memoráveis da universidade!
6.
As actividades extra-curriculares
Um dos meus maiores desgosto universitários é nunca ter pertencido a uma Tuna.
Adoro cantar e teria adorado participar numa...mas tive de fazer opções...e não deu para tudo!
Participares em grupos ou associações é algo que te aconselho vivamente,
porque te permite explorar uma paixão tua e conhecer novas pessoas ao mesmo tempo!
7.
O estudo
Como ex-estudante de Medicina, seria impossível fazer este post sem falar do estudo.
Provavelmente é a parte mais chata da universidade...mas a mais necessária também!
Não te deves esquecer que entraste num curso para te instruíres, e não para passear livros e passar o tempo de festa em festa!
Com os tempos difíceis que atravessamos, deves esforçar-te ao máximo!
Tudo pode fazer-se, com uma gestão adequada de tempo!
Não tens de abdicar nem da praxe, nem das saídas, nem dos amigos, nem dos namorados para estudar!
Acredita em mim, eu sei bem isso, e este blog é uma das provas!
Não poderás é dedicar 24 horas por dia a essas coisas...terás de deixar um espaço livre para as aulas e o estudo!
Falando em aulas, embora em muitas universidades não tenhas de comparecer a todas as teóricas,
antes de decidires não o fazer, tenta perceber se te fazem falta ou não, se gostas da forma do professor explicar...
não faltes por faltar, como por exemplo por estares cansado por causa da noite do dia anterior.
Tenta pedir conselhos a alunos mais velhos e talvez até estudar em grupo com outros colegas teus!
Organiza-te bem e não deixes tudo para a última, e procura ir seguindo as aulas!
Bem, acho que, de uma forma geral, estão cobertos alguns dos tópicos mais questionados...
Espero que tenhas gostado de ler!
Se há algum tema em particular sobre o qual ainda não estás esclarecido, ou continuas com alguma dúvida,
não hesites em contactar-me através do e-mail myfashioninsiderblog@gmail.com.
Estou à tua disposição!
Este convite estende-se particularmente aos meninos/meninas que entraram no meu curso, especialmente na minha faculdade!
É um curso complicado e exigente, por isso se agora ou ao longo do ano tiveres alguma dúvida ou simplesmente quiseres desabafar,
estás à vontade, já passei por isso e tentarei ajudar como puder!
Mais uma vez parabéns e gozem MUITO o vosso primeiro ano,
aproveitando todas as coisas boas que a vida académica vos traz...
mas não se esqueçam de estudar...a vida está para os trabalhadores e os que se esforçam, não se esqueçam!
Muitas felicidades!
obrigada pelas dicas nádia :D eu espero vir a ser uma futura caloira, vou-me candidatar amanhã á segunda fase, a única coisa que me preocupa é entrar numa coisa que não vou gostar, tenho muito medo do que vou escolher, mas as tuas dicas foram óptimas :D
ResponderEliminarloveandredshoes.blogspot.pt
Daqui a uns aninhos também gostava de ir para a universidade ahah
ResponderEliminarMas ainda falta muito, só agora vou começar o secundário!
Beijinho
Já foi duas vezes caloira em faculdades diferentes, agora sou "doutora", adoro o post, disseste tudo :)
ResponderEliminarfui*
EliminarObrigada Nádia pelo post fantástico!! :D
ResponderEliminarSoube que entrei na minha primeira opção :) Em enfermagem no Porto e não podia estar mais feliz, agora é tirar o maior proveito daqueles que serão os melhores anos da minha vida! :D
Beijinhos
http://abreathisenough.blogspot.pt
Adorei o post Nádia, muito obrigada mesmo! Eu ingressei em Sociologia na mesma Universidade em que te licenciaste, na Universidade do Minho! :)
ResponderEliminarMas lá está,estou com o problema da habitação :s
Já terminei a minha licenciatura este ano e vou entrar agora no mestrado, mas não podia deixar de comentar este post para dizer que concordo plenamente com as palavras da Nádia! :)
ResponderEliminarSer estudante universitário não é fácil, são várias as responsabilidades que chegam com a entrada na faculdade. O trabalho aumenta em comparação ao ensino secundário, temos que fazer decisões que podem determinar muita coisa. Sair ou estudar para a frequência de amanhã? Fazer isto ou aquilo primeiro?
Por outro lado são também anos maravilhosos! :) Eu que participei ativamente na praxe, e ainda vou continuar durante o mestrado, só posso dizer coisas boas sobre a praxe! Conheci pessoas que levo para a vida, vivi momentos únicos e diverti-me imenso!! :) Não deixem de experimentar, pelo menos! ;)
Parabéns Nádia por mais um excelente texto! :)
E já agora boa sorte a todos os que ontem ficaram colocados e que começam agora uma nova etapa! :)
Beijinhos
Obrigada pelo post! Foi muito útil!
ResponderEliminarEntrei em matemática na UM, mas estou um pouco receosa, confesso...
Estou a torcer para que tudo corra bem! :)
Ohh que saudades bateram agora! Eu sou de Guimarães e fui para o Instituto Politécnico da Guarda - só a 265 km - muitas viagens de autocarro, morei em 4 casas, apanhei muita bebedeira, adorei a praxe, tirei o meu curso mas acima de tudo foram os melhores 3 anos da minha vida e onde conheci as pessoas mais fixes do mundo - acima de tudo uma experiência para a vida!
ResponderEliminarBoa sorte a todos os caloiritos :D
http://ritissimavida.blogspot.pt/
confere tudo!
ResponderEliminarsó quero acrescentar duas coisas:
acho que as praxes podem ser horríveis, a partir do momento em que começam a agredir cada caloiro pessoalmente. eu fui vítima de bullying e vi muitas outras pessoas a passar pelo mesmo, assim como chantagens, esperas, ultimatos, agressões sexuais, etc, tudo pelo direito de usar uma porcaria de um traje. e também não sou fã da malta que passa às 4 da manhã na minha rua a anunciar que "as de história são as que fazem* melhor". (* substituir "fazem" por outro verbo menos próprio começado "f")
e claro, há sempre um estigma enorme contra os anti-praxe, NINGUÉM vai falar contigo se não fores às praxes, a não ser que sejas tu a aproximar-te (ou haja outros anti-praxes no teu curso). no meu caso, só consegui ser amiga de alguns colegas com um mínimo de integridade (eu não me declarei anti-praxe: adormeci no dia do baptismo e ninguém me avisou!). acho que se começarem a ultrapassar os vossos limites e se sentirem pessoalmente insultados e que estão a fazer de vocês sacos de pancada, não adianta continuar. fazem amigos na mesma, em número mais pequeno mas de muito melhor qualidade.
quanto a procurar casa: os senhorios são normalmente corruptos até dizer chega, não adianta procurar por um que passe recibo! e se forem como eu, se forem para uma casa ocupada, escolham uma moderadamente limpa, já vi casas que eram uma autêntica pocilga, e eu não ia para lá ser criada de ninguém.
Sim, claro, as praxes podem ser o terror, por isso é que achei importante referir que se deviam informar e colocar limites! Há pessoal mesmo parvinho a praxar e que se aproveita!
EliminarOutra coisa, por favor, não olhem para a universidade com a expectativa que vão ser os "melhores anos" da vossa vida!
ResponderEliminarDiziam-me o mesmo do secundário, que, para mim, foram seguramente os piores.
Em contraste, a universidade foi excelente, mas espero ter anos melhores daqui para a frente, se não, fazia questão de chumbar vezes sem conta e só sair de lá por volta da menopausa.
Ah, sim, eu concordo! São anos bons, mas eu espero que venha melhor também hahaha ;)
EliminarDesculpa, Nádia, não consigo estar de acordo com o que disseste sobre a praxe:
ResponderEliminar"A praxe é um momento que pressupõe ensinar-te respeito e iniciar-te na vida académica...mas essencialmente integrar-te!".
Respeito pelos outros, recebo-o em casa. Não preciso de miúdos um ano mais velhos que eu (que foi o que aconteceu comigo) a ensinar-me "respeito" porque gritar comigo e mandar em mim não é ensinar-me respeito. Não é coisa alguma! Fui praxada sim, porque pensei que não ia ser integrada na faculdade da mesma forma. Mas hoje, pensando bem, podia muito bem ter-me recusado a muitas coisas que fiz contra a minha vontade e que me deixaram muito mais desconfortável no ambiente de faculdade (ao contrário do que todos apregoam, cujo propósito é esse mesmo, ser integrado no ambiente).
Fiz amigos que não foram praxados e digo-te que foram as melhores pessoas que conheci porque não caíram nesta treta dos caloiros/veteranos/raio-que-o-parta e integraram-me sem nunca fazerem uma pergunta sequer.
Não acredito de todo na tradição académica (ainda para mais numa faculdade, que é a Faculdade Nova de Lisboa) que nem idade tem para ter tradição! O que tem é um montão de miúdos com a mania que já são crescidos e que fazem o que muito bem entendem e o que lhes dá na gana. É assim que vejo as praxes.
Catarina, eu fiz questão de salientar que se tem de impor limites e que "a não ser que a tua praxe seja substancialmente diferente da minha" seria algo a experimentar antes de dizer "não". Não quis dizer que a praxe é sempre o máximo. A minha foi, porque as pessoas que me praxaram eram correctas, daí eu ter dito que era importante informarmo-nos sobre o que era permitido...e, claro, subentende-se que não devemos sentir-nos obrigados a fazer nada. Tive imensos colegas que não participaram na praxe e fizeram amizades na mesma, eu não quis dizer o contrário. Sei que há faculdades e cursos em que a praxe é horrível, na minha experiência pessoal, no meu curso, era muito giro e fazíamos jogos e passei lá dos melhores momentos de sempre. Mas cada caso é um caso, se virmos que quem está a praxar é um bando de anormais, é cair fora, concordo plenamente!
Eliminar@Catarina Rodrigues
EliminarEm questão a isso das praxes, acho que depende muito! Eu também sou da Nova, de Medicina.. e digo-te que as praxes foram um momento verdadeiramente divertido para mim! Não fiz nada obrigada, ri bastante e conheci pessoas. A praxe em Santana é maravilhosa, tenho pena que não o seja em todo o lado!
Mas não excluam as praxes só por que sim, pelo menos vão lá ver como é!
Claro que sim, Nádia. Cada um fala por experiência pessoal (na verdade, nem poderia falar de outra forma porque, mesmo assim, fui praxada). O suposto integrar, no meu curso, era levar-me por caminhos pelos quais eu não me sentia, de todo, confortável. Saídas à noite, festas e festinhas para aqui e para acolá e sendo eu uma super awkward social person, não me adaptei a isso. Ainda tentei, nas primeiras semanas, mas simplesmente não consegui manter-me naquilo. Não tinha nada a ver comigo e conforme me fui afastando desse tipo de pessoas, comecei a pensar por mim (quando no início pensava era nos outros e se ia fazer amigos...) e a aperceber-me que não tinha que ser mandada, por ninguém! Fazia o que me estava na consciência e pensava por mim. Por isso mesmo vos digo: as experiências diferem de pessoa de pessoa, mesmo dentro do mesmo curso e da mesma praxe. Tive colegas que adoraram as nossas praxes e continuam com a tradição. Tem a ver também com adaptabilidade e eu não consegui. Mas não me acho menos que ninguém por não ter perseguido o tradicional caminho académico de trajar e de praxar. Nada disso. Sinto-me de consciência tranquila e sinto que não precisei dessa experiência para ter a experiência da universidade.
EliminarMariana, não faz de todo sentido.. A minha faculdade tem 30 anos.. e segundo ouvi era uma faculdade anti-praxe.. o que não aconteceu, de todo, porque todos os anos letivos, mais capas pretas se vê por ali.. Lá está, depende de pessoa para pessoa. Mas ainda assim, como expliquei à Nádia, fui lá. Vi que não gostei e afastei-me desse caminho. Simples. E não, não temam, porque há pessoas fantásticas e que são anti-praxe. Não são o demónio por sê-lo, apenas não conseguem ver o encanto disso, tal como eu não vi. Mas cada um lá entende o que faz e o que experimenta. Quem sou eu para mandar no que os outros devem fazer? Sejam é felizes e estejam convictos das vossas ações e não façam nada de que mais tarde se arrependam.
Apenas comentei, coisa que não costumo fazer com muita frequência, porque quando li o "ensinar respeito" senti arrepios. Não sinto, de todo, que crianças (no fundo foi o que aconteceu comigo) se achem no direito de me ensinar respeito quando eles próprios não o têm pelos "caloiros".
Acho que é mesmo uma questão de experiências :) Como disse (e agora já reforcei, porque afinal de contas este post é para quem pouco ou nada sabe sobre praxe e faculdades, os futuros caloiros), não devemos sentir-nos desconfortáveis com o que estamos a fazer, e cada caso é um caso. No meu caso só tenho a dizer bem, os doutores eram impecáveis e ajudavam-nos muito e o que quis transmitir foi para não descartarem à priori sem experimentar, se não gostam, siga a romaria, ninguém morre por isso, a universidade não é só praxe, muito pelo contrário, o mais importante até é estudar hahaha :)
EliminarDesculpem vir "meter-me", mas também senti necessidade de vir dar a minha opinião, quanto mais não seja porque assim partilho o meu ponto de vista, uma vez que estudo num sítio que aqui ainda não foi referido e acima de tudo, este post deveria servir para elucidar um pouco os futuros caloiros e não assustá-los mais ainda.
EliminarEu estudo em Coimbra na ESEC, vou agora o meu último ano e posso dizer que adorei as minhas praxes! O mais engraçado é que de início pensava mesmo declarar-me anti praxe, porque também já ia com uma ideia pré estabelecida daquilo que iria encontrar, no entanto estava completamente enganada! Olhando para trás, vejo como declarar me anti praxe seria um erro da minha parte e estaria a perder uma experiência académica tão rica como a que Coimbra tem para oferecer. Cada faculdade tem as suas tradições, sei-o bem, mas em Coimbra isso sente-se ainda mais! E não falo só de praxe, falo de uma Academia, de uma cidade orientada para os estudantes e que gira à volta dos estudantes. Virar as costas a isso, seria um erro tremendo da minha parte.
No início aconselhara-me a experimentar a semana de recepção ao caloiro, ir ao primeiro jantar de curso e depois tomar uma decisão: e ainda bem que assim foi! As praxes foram super divertidas, foi lá que criei das melhores recordações e senti um espírito de camaradagem com os meus colegas. E é como disseste Nádia, se não estamos à vontade com alguma coisa, apenas temos que o dizer e eu sou exemplo disso. No final do primeiro ano, já era conhecida como a caloira que dizia que não, porque assim o fiz de cada vez que não queria fazer algo.
Acho que as pessoas devem primeiro experimentar e ver como é, porque é diferente em todas as faculdades e sem o saber, podem estar a perder boas experiências!
E porque não também dar a minha opinião?
EliminarOra bem... a minha praxe ao contrário de muitas que são um exagero, a minha de exagero nada tinha e muito menos de criatividade. Não aprendi nada e a diversão era muitas vezes forçada pois ninguém puxava pela cabeça. Ideias? Nem vê-las... Músicas? A muito custo... E a meu ver um tanto ou quanto porcas. Mas enfim. Depois de 3 meses de praxe desisti pois não conseguia aturar mais aquilo, é lamentável dizer-vos que são consideradas anti-praxe, quer não participem, quer participem e desistam. Pelo menos aconteceu comigo... aqueles que considerava meus amigos afastaram-se... e os "anti-praxe" tornaram-se meus amigos. Mas claro como tudo na vida passei pela experiência e não me arrependo. Mas se sabia o que sei hoje teria feito as coisas um bocadinho de maneira diferente. Mas experimentei e por isso mesmo é que hoje estou aqui a dar a minha opinião. Aqui não está ninguém a assustar ninguém nem é esse o objectivo. O objectivo é sim transmitir a nossa experiência. Boa sorte.
Muito util mesmo es uma querida Nádia!! Muitas felicidades e obrigada pelas palavras sempre tão queridas.
ResponderEliminarbeijinho
Estou um pouco receosa por causa da praxe...
ResponderEliminarUma pergunta estúpida, podemos andar vestidas descansadinhas ou mais vale andar sempre prevenidas com roupa velha não vão eles lembrar-se de nos praxar quando lhes apetece ? Costuma haver horas para isso ?
Não tens de ter medo. Se vires que não é para ti, basta dizeres não. Não te deixes intimidar!
EliminarDepende da universidade, há locais que há horas, outros que não. ;) Nos primeiros meses não te aconselho a ires de vestidos, de certeza que acabarás por ser praxada uma vez ou outra sem contar, e mais vale prevenir, para não estragares roupa :)
Olá!
EliminarIntrometendo-me aqui no post, comigo, na Universidade de Coimbra, costumavam enviar-nos um sms a avisar que ia haver praxe no dia "x" à hora "y". A única vez que apanharam os caloiros de surpresa foi no primeiro dia, mas isso varia de praxe para praxe e mesmo de quem está a praxar. Mas costumam avisar antecipadamente :)
Obrigada por partilhares a tua experiência e dares conselhos Nádia, mais um post espetacular. Eu para além de estar-me a passar com o alojamento porque a nova é no "meio do nada", estou com um bocado de receio das praxes.. mas já sei que não vale a pena stressar :D
ResponderEliminarComo licenciada (e aluna da Uminho) concordo com muitos dos pontos que referiste ;) quanto a questão da praxe acho um assunto muito delicado e difere de cada um, eu fui anti-praxe e não me arrependi por nada, simplesmente não me identifiquei, não me senti à vontade e não concordo com muitas das suas tradições. Fiz amigos à mesma, acho que é possível integrarmos-nos facilmente mesmo sem praxe! Quanto ao restante, estudar, estudar, o foco deve ser este, boas recompensas hão-de surgir... :) mas claro, sem esquecer tudo o resto!
ResponderEliminarGostei muitos das dicas mas fiquei com uma duvida pequenina. Eu vou agora para a U.Porto, como é que eu posso saber quais e que são as tradições e as regras de lá?
ResponderEliminarBeijinhos
chasingrubiesbyflor.blogspot.com
No minho costumam entregar aos caloiros o código de praxe ao entrarem na universidade, mas tenho quase a certeza de que se pesquisares "codigo de praxe universidade porto" o de 2012 irá aparecer, pelo menos as linhas gerais :)
EliminarComo aluna da UP, cá fica: normalmente és logo "guiada" durante as inscrições e na tua primeira semana, por isso vais ficar a saber de tudo sem esforço nenhum - pelo menos na FEUP é assim, há outros sítios em que é capaz de ser pior ou melhor, não sei. Mas a UP não tem fama de ter maus vícios praxísticos :)
EliminarFui lá hoje e correu super bem. os doutores explicaram-me quase tudo. E digo "quase" porque eles também devem querer guardar qualquer coisa só para eles para depois nos poderem dar nas orelhas :p São uns belos lobos com pele de cordeiro XD
EliminarDe qualquer maneira obrigada pela vossa ajuda :)
http://chasingrubiesbyflor.blogspot.pt/
Estou com muito medo da praxe, inclusive pensei em ser anti-praxe...
ResponderEliminarTenho um problema de cabelo pelo que não é lá muito aconselhável levar com ovos na cabeça nem que me cortem o cabelo, o que pelo que dizem se faz em todo o lado.
Achas que posso entregar algum documento, como um atestado ou assim para que não façam esse tipo de coisas? Ou simplesmente não vai adiantar de nada e mais vale nem entrar?
Aproveito para dizer que adoro o teu blogue.
Olá! Depende muito das pessoas que praxem. Eu tinha colegas meus que tinham limitações, alguns tinham problemas de joelhos, por exemplo, e não podiam "estar de 4" e falaram com os doutores e não houve problema, ficava noutra posição. Acho que deves tentar explicar, não penso que seja preciso atestado, falas disso logo nos primeiros tempos, com uma das meninas que praxe (normalmente são mais solidárias) e explicas a situação e quase de certeza que irão compreender - isto se não for um bando de gente estúpida, mas se for, também não estás a perder muito, né? ;)
EliminarBoa sorte :) Obrigada :DDD
Obrigada Nádia C:
EliminarGeralmente se falares com os "Doutores" não há problema. Nesse aspecto são atenciosos. Pelo menos comigo também foram.
EliminarObrigada pelos conselhos, Nádia! Vou entrar no meu primeiro ano na próxima semana e este post acalmou-me um pouco :)
ResponderEliminarBeijinhos
Eu estava a pesquisar sobre a universidade e deparei-me com este post. Sei que já é bem antigo, mas não me deixou de ajudar. Porém eu tenho algumas dúvidas. Eu vou ser operada para retirar a vesícula no final de Agosto e a minha médica já me disse que durante 1 mês (mais coisa menos coisa) não poderei fazer esforço físico devido à operação e que depois da retirada da vesícula não posso beber bebidas alcoólicas durante vários meses e mesmo depois desse tempo qualquer tipo de álcool em grande quantidade pode me fazer mal...e a minha dúvida é: eu sei que maior arte das brincadeiras requerem esforço físico e também sei que muitas vezes durante a praxe o álcool está envolvido...embora eu queira muito participar na praxe tenho medo que seja obrigada a fazer coisas que não posso, ou que quem me faz a praxe não me queira ouvir sobre o porque de não puder fazer certas coisas e infelizmente já li que muitas vezes somos deixados de parte se nos recusamos a fazer certas coisas...estou apavorada, basicamente, neste momento. Até já pensei em pedir para adiar a cirurgia mas sei perfeitamente que não pode ser pois é urgente fazê-la e necessito de tempo para recuperar.
ResponderEliminarEstou com muito medo, talvez alguém me ajude?
Olá! Antes de mais, muita sorte para a tua cirurgia, espero que corra tudo bem!
EliminarQuanto aos teus receios, é uma questão de deixares logo claro que tens um problema junto do responsável pela praxe do curso em que ingressares e que não podes fazer esforços físicos. Quanto ao álcool, ele não tem ligação alguma com a praxe, aliás, um caloiro que esteja alcoolizado, pelo menos na Universidade do Minho, nem sequer pode ser praxado.
Outra coisa, se experimentares a praxe e não gostares, não tenhas qualquer problema em lhe dizer que "não", é certo que é uma forma engraçada de nos integrarmos, mas há outras formas, e ninguém fica sem amigos por não participar! :)
Muita sorte! :D
Se forem à praxe não se acanhem! Se os veteranos querem respeito, têm de respeitar os caloiros. Se sentirem que vos faltam os respeito imponham-se! Eu fui praxado e tive duas situações em que não me senti confortável e disse que não o fazia (entrar num contentor com lixo e fingir uma punheta). Insistiram comigo, mas não o fiz. Primeiro o meu respeito por mim, depois o respeito pelos outros. De resto as praxes foram super divertidas, nada a temer, bora caloiros! Tou a vossa espera :D
ResponderEliminarEntrei em coimbra por isso vou tentar a 2 fase para ficar em Lisboa. Obrigada pelas dicas !
ResponderEliminarBeijinhos,
Sofia
http://sweaterdiaries.blogspot.pt/