Há uns dias li um artigo sobre extensões, da autoria da cantora Jamelia, que me arrepiou até à alma.
O assunto? A proveniência das extensões de cabelo humano.
A informação não é recente, mas é algo que - infelizmente - raramente é abordado e que eu desconhecia por completo!
O facto de nunca as ter usado não invalida que deveria ter esse conhecimento!
Muitas vezes fechamos os olhos à realidade por conveniência - mundo ocidental, acusa-te! -
mas o que li chocou-me de tal maneira que a indiferença não fazia mais sentido e a ignorância não podia mais ser desculpa!
Resumindo, o que descobri ao ler a publicação foi que muito do cabelo é proveniente de mulheres pobres que vendem o seu cabelo ao preço da chuva,
e que ignoram que o seu sacrifício valerá várias vezes mais (100 vezes, nalgumas ocasiões!) quando for vendido ao consumidor.
Pior ainda, muitas são instigadas, perseguidas e obrigadas a rapar/cortar os cabelos para alimentar esta indústria!
Além disso, numa perspectiva (ainda) mais arrepiante, há indícios fortes de que algum do cabelo provém também de cadáveres...
e a pergunta principal é: terão sido doados com consentimento ou terão sido roubados sem pudor?
Estas revelações que, apesar de antigas, continuam a ser bastante actuais,
traduzem a necessidade de estar cada vez mais atentos à proveniência do que consumimos.
Somos tão responsáveis pelo que fazemos directamente, como pelo sofrimento humano com o qual consentimos.
Sim, cortar o cabelo não é tão grave como amputar um membro...
Mas se uma mulher indiana sacrificar a sua possibilidade de ter um bom casamento (o cabelo é importante nestes trâmites sociais)
em prol de meia dúzia de moedas para calar a fome da família,
para que, a kms de distância, uma cantora, actriz ou uma mulher "comum" se possa sentir mais sensual e cabeluda,
não será isso uma afronta à dignidade humana?
Especialmente se nos lembrarmos que o seu pagamento chorudo em nada se compara aos milhares de euros de lucro que a entidade exploradora terá?!
A resposta parece-me óbvia!
Se têm dúvidas quanto à proveniências das extensões que usam, tentem saber mais.
A Jamelia tomou a decisão de nunca mais usar extensões capilares.
Eu, depois disto, serei sempre incapaz de o fazer.
E tu, que decides?
Podem ler o artigo completo aqui...e quiçá arrepiarem-se também.
Já sabia porque já tinha visto um documentário na televisão
ResponderEliminarÉ realmente uma realidade muito triste, infelizmente...
Eu já sabia desta realidade ha algum tempo, por isso nao me choque. Mas acho que foste demasiad rapida a julgar as pessoas que usam as extensoes.. nao te esquecas que parte desses cabelos vendidos sao usados em perucas pa vender a doentes oncologicos. Penso que a parte psicologica de perder o cabelo num tratamento de cancro deve ser horrivel e nao ha nada de superfulo nisso. Acho que estas empresas devaim pagar muito mais pelo cabelo que compram ate porque os precos que praticam sao super exagerados (e eles que nem me falem dos tratamentos que tem de fazer aos cabelos, pqe estes nem sao caros)
ResponderEliminarComo jovem médica não esqueço os doentes oncológicos...e a sua necessidade de cabelo não é supérflua, claro...No entanto, não creio que eles gostassem de saber que o cabelo que usam veio de algum corpo que foi profanado. :/
EliminarIsso é bem verdade! Por acaso uma vez fui ver os requesitos de doação de cabelos (mencionaste uma vez isso no blog para o IPO) e até é bastante complicado de arranjar "bons cabelos" - eles tem de ter um comprimento grande (> a 17 cm acho), não podem estar danificados nem pintados, hoje em dia é difícil encontrar no mundo ocidental cabelos assim. Penso que deverá ser essa a razão pela qual as empresas vão para a Índia e isso. Para alem de que a doacao de cabelos para perucas para doentes é muito pouco publicitada!
EliminarJá tinha ouvido falar nisto mas sempre quis continuar a pensar que não era bem assim. Agora, depois de ler o teu post e o artigo, percebi mesmo como é a realidade em que vivemos. Eu nunca experimentei tal coisa e provavelmente nunca vou ter coragem de o fazer.
ResponderEliminarBeijinhos :)
Existe de tudo um pouco, eu ja tinha ouvido falar disso, também existe cabelo indiano que é doado aos templos pelas mulheres como promessa e depois é comercializado...eu nao uso extensões nem tão pouco acho piada a isso mas achei muito porreiro ajudares a divulgar isto. Todas as industrias sejam elas qual forem tem smp o seu lado negro.
ResponderEliminarPartilhar é cuidar "sharing is caring"
um bj grande para ti e continuação de bons posts :)
Ao ler isto não podia deixar de comentar. Antes demais acho absurdo este post uma vez que existem extensões que não são unicamente de cabelo humana, e ainda há famílias indianas cujo objetivo de quando nascem mulheres não é casarem mas sim tratarem toda a vida do cabelo para venderem as tranchas! E por fim, acho que é de mau grado dizer que deixará de usar por isto ou aquilo... uma vez que: o que usaram mulheres que fazem tratamentos como quimioterapia ou com alopecia?! cabelo sintético?! Fica a dica! Bom posts!
ResponderEliminarO post é exclusivamente sobre a "proveniência das extensões de cabelo humano" e eu não generalizo e digo que todas têm origem duvidosa. Daí ter deixado a frase "Se têm dúvidas quanto à proveniências das extensões que usam, tentem saber mais." O que diz dizer foi que devíamos tentar garantir ao máximo que as extensões que usarmos por ventura não vêm de cadáveres profanados ou foram roubados a meninas menores de idade...apenas isso. Independentemente de sermos cantoras ou doentes oncológicas. Tenho a certeza que poucas mulheres gostariam de saber que o cabelo que usam tem estas origens...não concordas? :)
EliminarJá usei e eu sabia que muitas vezes o cabelo vinha de cadáveres mas o resto já não sabia por isso eu NUNCA MAIS vou usar extensões.
ResponderEliminarMuitos beijinhos e amei este post é bom abrir os olhos .
uglyfashionexperience.blogspot.pt
nunca pensei :o de qualquer forma nunca usei e agora é que não tenciono mesmo :\
ResponderEliminarBeijinhos*
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Já sabia ha varios anos, ja vi varios documentérios sobre isso...e se é um vaidade apenas acho arreppiante que alguém queira usar cabelo nessas condições...blheeeee
ResponderEliminarNão fazia ideia, fiquei chocada.
ResponderEliminartenho o cabelo até ao rabo e digo te já que se o pudesse cortar e vender, não me importava. o cabelo volta a crescer acho que há coisas muito mais importantes que isso...
ResponderEliminarEu penso que este tema é abordado no documentário "Good Hair" do Chris Rock. Do que me lembro, as mulheres doam o cabelo num ritual religioso e quem está responsável está-se bem nas tintas e vende-os aos comerciantes ocidentais.
ResponderEliminarQuando tinha o cabelo bastante comprido, mais ou menos como o teu antes de o cortares, sem coloração ou tratamentos e quase sem uso de secador, quis cortar bastante e doar o cabelo. Perguntei a uma cabeleireira como o poderia fazer, e ela diz-me que só trabalham com cabelos indianos, porque são mais resistentes e permitem mais opções de estilo. (isto antes de eu saber e acho que antes de ser possível doar ao IPO)
Eu nunca usei e duvido que alguma vez vá usar extensões, sou mais inclinada para perucas (dão menos trabalho) e das sintéticas (que são consideravelmente mais baratas, e se forem boas, pouca diferença fazem das naturais, ao olho destreinado e a míopes, pelo menos).
Mas é como dizes, é uma questão do interessado se informar das origens do cabelo ou estar disposto a tolerar a origem do mesmo se for o caso de ter sido cabelo cortado à força ou a um cadáver.
Faz-me lembrar a história do leite ou da fruta que é vendido a preço da chuva pelos produtores aos chulos da Jerónimo Martins ou da Sonae para a inflacionarem em 300% e pôrem á venda no PIngo Doce e no Continente ao preço do ouro, enquanto que o produtor se quer vender para sobreviver tem de aceitar a miséria que estes ladrões lhes dão.
ResponderEliminarJá sabia disto e realmente é muito triste. Mais triste do que isto é se fores ver a historia por detrás dos nossos sapatos, roupas, computadores e tudo mais. Tudo passa por um mundo semelhante a esse das extensões :/
ResponderEliminarÉ tão verdade. Infelizmente há muita coisa obscura na maioria dos negócios e muita gente explorada no processo de "servir" o Ocidente. É utópico pensar que alguma vez irá mudar totalmente, mas quão bom seria que os direitos humanos fossem respeitados em todos os cantos do mundo... E nem precisamos de ir para a Rússia ou para a Índia, temos exemplos de histórias desumanas mesmo em Portugal, ainda hoje numa consulta um senhor disse algo muito simples, mas que, traduz, desde logo, um desrespeito pela dignidade humana: "Beber água durante o horário de trabalho, Dra.? Não pode ser, "eles" não nos deixam ir à casa-de-banho!" Em suma, há muita muita muita gente a enriquecer com o sofrimento de outros, infelizmente... :(
EliminarPor acaso já tinha conhecimento por isso aconselho sempre extensões de cabelo sintético, já existem de boa qualidade e a diferença é pouca!
ResponderEliminaro mais próximo que usei de cabelo postiço foi uma extensão de cabelo sintético que me custou 4 euros e que serviu para o que queria, usei-a neste post ahah http://rafaelaberdinazi.blogspot.pt/2014/02/outfit-dresslily-today-its-all-about.html
ResponderEliminarrealmente é triste essa realidade, mas penso que qualquer extensão de cabelo verdadeiro será nessas condições, nem imaginada outra coisa tendo conhecimento da sociedade em que vivemos, para que se pratiquem os preços que temos hoje em dia muita gente tem de ser explorada, é triste
rafaelaberdinazi.blogspot.com
se é assim, tambem devias de deixar de usar sapatos, tenis e roupa... a maior parte da roupa que compras é feita por mao de obra barata
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