26 maio 2019

Outfits & Travel | Cuba Chronicles III - Viñales, my favorite Cuban spot!


Olá, olá!

Sejam bem-vindos a mais um relato da minha aventura Caribenha!
Depois de vos ter relatado os meus 2 dias em Havana 
(podem ler a crónica do dia 1 aqui e a do dia 2 aqui),
eis que chegou a hora de vos falar daquela que foi a minha parte favorita da viagem:
Viñales,
localizada na região de Pinar del Rio!

Até a minha amiga Cristina (uma das minhas companheiras de viagem) me ter falado desta região de Cuba, 
localizada na metade oeste da ilha, eu não fazia ideia da sua existência,
por isso percebo perfeitamente se também a não conhecerem!

No entanto, se vocês são amantes de paisagens naturais,
esta belíssima região, que é Património Natural da Unesco, é absolutamente imperdível!
As suas emblemáticas montanhas - magotes -  remontam ao período Jurássico,
o que lhes confere uma ambiência única! 


Hoje irei relatar-vos o 3º, 4º e 5º dias passados na região de Pinar del rio,
que inclui a descoberta de Viñales e do Cayo Jutías!
Juntem-se a mim para mais uma Crónica de Cuba, 
que inclui passeios a cavalo, visitas a tabaqueiras e muita, muita chuva!!!

Espero que gostem!


headband and top: ZARA

Today I'm showing you my 3rd, 4th and 5th days spent at Cuba, at the Pinar del Rio region!
It was my favorite part of the trip! I absolutely LOVED Viñales,
which valleys are an UNESCO World Heritage Site!
They were absolutely breathtaking, as my photographs will prove!
We also discovered the Cayo Jutías, a beautiful blue paradise, at the last day at the region!

Hope you enjoy yet another tale of my Cuba Chronicles!
Kisses


Depois de uma noite descansada, 
fizemos uma viagem de meia hora entre Pinar del Rio e Viñales, numa estrada tão esburacada quanto curvilínea. 
Chegados ao início do Vale, parámos o carro para apreciar a idílica paisagem. 
Podia jurar que, a qualquer momento, iria ver um estegossauro ou um T-Rex a cruzar o meu olhar. 



Foi neste compasso de espera que encontrámos o Aramis, 
junto de um punhado de cavalos, e logo encetámos conversa. 
Em menos de nada (o tempo de tirar uma foto e fazer um vídeo para o Stories do Instagram), 
a minha amiga Cristina já tinha negociado um passeio de 2h a cavalo pelo luxuriante vale. 



Devo dizer que ADORO cavalos e sonho um dia ter uma égua...
mas como sou inexperiente (andei apenas 2 ou 3 vezes) estava um pouco nervosa. 
Brincando, a Aramis disse para não nos preocuparmos, que eles eram semi-automáticos. 
E eram! 
Há que dizer, não obstante, que o meu companheiro de viagem, o “Toca Flauta”, 
tinha um temperamento particular! 
Comigo era bastante dócil e afável, mas se algum dos cavalos do grupo se pusesse ao seu lado, 
era vê-lo a trotar caminho, comigo aos pinotes e a temer pela vida, até ficar novamente na frente. 



Durante o passeio visitámos uma tabaqueira, 
onde nos foi explicado o processo artesanal de produção dos míticos charutos cubanos. 
Infelizmente, nesta altura do ano já não pudemos ver as plantações de tabaco - também elas únicas! - porque já tinham sido colhidas e se encontravam a secar!



Durante a visita, foram-nos dado a provar alguns dos charutos mais suaves. 
Como não fumo, experimentei apenas e não fiquei, naturalmente, fã.


Continuando o prazenteiro passeio, fizemos mais uma paragem, 
desta feita numa casinha onde faziam aquela que classificámos como a melhor Piña Colada do mundo! 



Ainda hoje não sei se era mesmo verdade, 
ou se foi o mojito que bebi em cima de várias horas de jejum a falar...
digamos que todo o mundo me parecia belo naquele momento, 
especialmente os bacorinhos castanhos a mamar na sua mãe porca
e a grunhir, fugindo das mãos da Cristina, que queria muito apanhar um. 


Seguimos viagem sob a ameaça da chuva, mas, felizmente, 
conseguimos terminar o percurso a tempo de não apanharmos o pior da tempestade. 
Quando chove num destino tropical, não há meias medidas, 
e não estou certa que as nossas máquinas fotográficas e telemóveis fossem apreciar o dilúvio!


Finda a chuva, pelas 15h, fomos almoçar no restaurante Ladera del Valle, 
comendo porco assado e cordeiro estufado em vinho tinto.
De estômago bem cheio pelas doses bem servidas, 
fomos em busca de uma casa particular (o nome dado aos alojamentos cubanos) que oferecesse vista sobre o Vale de Viñales. 
As primeiras onde batemos à porta estavam tristemente ocupadas, mas um dos casais prontificou-se logo a ajudar: 
ligaram a uns vizinhos, para verificar se tinham lugar, e até nos indicaram o caminho! 
Chegados lá, ficamos deliciados pela vista, e pudemos apreciar o voo picado das aves de rapina, 
a paisagem envolvente, e o sol que se despedia ao longe...
tudo de um alpendre simpático, numas cadeiras de baloiço... 
Vida bela!


Foi um final de dia incrível, depois de uma boa dose de aventuras! 
Terminámos o terceiro dia jantando algo não cubano no centro de Viñales: pizzas e massas,
depois de termos ido espreitar o Mural da Pré-História, que representa a evolução de Vinãles.


De volta ao alojamento, adormecemos embalados pelo canto das cigarras, em paz...

O segundo dia foi um dia marcado sobretudo por uma caminhada pelo vale 
- no total mais de 10 km - onde reinou a paz e a serenidade!

white dress: ZARA | bandana: Bershka | backpack: c/o Romwe

A indumentária que escolhi - um vestido branco da ZARA que tenho há quase uma década! - 
acabou por se revelar uma péssima escolhida...em breve perceberão porquê!

Ao acordar, desfrutámos de um pequeno-almoço com vista para o vale 
e uma sinfonia de aves cantadeiras como banda sonora. 
Continuámos a nossa descoberta da região de Viñales com uma visita às grutas El Indio.


Esta demorou cerca de 30 minutos e incluiu um pequeno percurso de barco. 
E não, as fotos não enganam: as grutas não são mesmo nada de transcendente, 
as nossas grutas de Mira De Aire são muuuuuito mais impressionantes.
Na região de Viñales existem mais grutas, mas optámos por visitar estas, por serem mais pequenas.


De tarde, encetámos uma caminhada à descoberta do local 
onde o rio Palmarito forma umas “piscinas naturais” sob as montanhas. 
O trilho não só não estava assinalado 
(pelo que tivemos de contar com as indicações dos cubanos que moravam nas imediações), 
o que correspondeu a mais de 2 horas de um caminho enlameado e escorregadio. 



Pelo caminho, encontrámos estes frutos curiosos, que um local nos disse serem seguros para comer!
No seu interior existiam estas bagas, semelhantes a goji!


A meio do percurso, teve início uma chuvada tropical e,
consequentemente, tivemos de nos abrigar numa tabaqueira alheia!
(Foi neste momento que ficámos uma meia hora a descansar como podíamos...
e um dos meus companheiros de viagem arranjou uns parceiros indesejados ao deitar-se no chão: 
3 carraças! 
A sorte é que estavam 3 médicos no grupo e quando foram detectadas, foram logo removidas!)


Quando retomámos o caminho, o trilho estava ainda pior: penso que as fotos falam por si!
Como não sabia como era o caminho, tinha escolhido um vestido branco para o dia...
o que foi um claro erro de "casting"!

sandals: Stradivarius

Ao final de umas horas, ele parecia uma experiência de tie-dye mal sucedida!



Mas não pensem que me aborreci muito: adorei esta caminhada, apesar de tudo!
Inclusive mesmo quando as “piscinas naturais” se revelaram uma enorme decepção: 
eram tão somente acumulações de água numa gruta escura... 
Concedo que tinham um formato similar a piscinas, 
mas a água não era, de todo, cristalina (como nos tinham vendido), 
e o facto de estarmos os cinco ali no escuro, iluminados apenas pelas luzes dos telemóveis, 
com um jovem cubano de galochas a observar os nossos movimentos, me deixou, 
além de desiludida, nervosa e insegura. 
Experimentámos a água, e avançámos até à segunda piscina 
(mais uma vez, apenas iluminados por um telemóvel!)...
e gostava de vos dizer que foi neste momento que demos de caras com a gruta da Pequena Sereia...
só que não. 

A segunda “piscina” era tão desinteressante quanto a primeira.
Não tenho fotos do momento, pela ausência de luz, mas confiem em mim quando cito o Mufasa:

“Nunca lá vás, Simba!”.

Aliás, fui ao Tripadvisor buscar uma foto para exemplificar (não tínhamos esta luz!):


Essa foto de Villa Graciela y Carlos é cortesia do TripAdvisor


A caminhada valeu pela vista deslumbrante do vale, 
mas não a façam com a promessa de águas cristalinas...porque não existem!


Malgrado o facto do percurso não ter tido o final pretendido, a minha decepção não durou muito... 
A caminhada de regresso, fi-la de pés descalços, em comunhão com a terra barrenta e ensopada, 
alimentando-me do ar puro que me circundava, 
deixando-me transportar para outros tempos pelo chilrear dos pássaros e o coaxar das rãs...
Caminhando por aquele vale, enquanto o dia fazia vénia à noite, 
respirei serenidade e senti-me verdadeiramente feliz. 
Senti-me quase pré-histórica.


Foi um dia assombroso, de diálogos internos apaziguantes, 
de vistas de perder o fôlego, e de muitos olhares de perplexidade trocados, 
quando percebemos que tínhamos feito kms e kms em ziguezague para entrar numa gruta escura...
mas faria tudo outra vez!

O quinto dia de aventuras foi o dia em que abandonámos a região de Pinar del Rio,
para rumar ao nosso destino final: Varadero!
Pelo caminho, fomos conhecer o pouco conhecido Cayo Jutías, acessível por carro, 
uma língua de terra paradisíaca!

Para este dia, optei por usar o leve vestido azulinho às riscas da minha irmã, da ZARA, 
uma das peças mais giras do meu Armário Cápsula de Férias!

striped blue dress and handband: ZARA 

Deslumbrados pelas fotos que tínhamos visto de Cayos, 
resolvemos que os cerca de 60 km que separavam Viñales 
(onde estávamos alojados) do Cayo Jutías não eram obstáculo que nos intimidasse. 
Assim, e sabendo que, ao final do dia, iríamos dormir em Varadero (que fica a uns 330 km de Viñales), 
seguimos viagem na esperança de que a paisagem valesse a pena.


Devo dizer que a viagem de 1 hora anunciada pelo Google Maps, 
se transformou numa jornada de 2 horas numa estrada tão esburacada 
que em muitos locais tive de avançar a uns meros 5km/hora...
Felizmente a empreitada valeu o esforço: 
o Cayo Jutías era um pequenino paraíso com mar verde-água e areia branquinha! 
Já não tinha memória de ver água tão cristalina! 
Imortalizei-a tirando estas fotografias à beira-mar, das minhas favoritas de toda a viagem!

Adorei ver o Diogo deliciado com a temperatura da água, 
a estrear uma das máscaras da Decathlon que ele me tinha convencido a trazer 
(e que praticamente ocupavam uma das nossas mochilas de mão!)...
feliz como um patinho na água!



A vontade era de ter ficado a apreciar aquele dia maravilhoso de papo para o ar, 
mas tínhamos ainda uma grande distância a percorrer...
Assim, depois de uns últimos mergulhos, voltámos à estrada!


A viagem, de cerca de 5-6 horas de duração, foi plácida e sem sobressaltos, 
e foi bom encontrar pela frente estradas e “auto-estradas” relativamente boas, 
já que o percurso foi longo e a hora avançada.

PHOTOGRAPHED BY ME AND DIOGO

Valeu-nos o mapa do Google Maps que o meu co-piloto da viagem tinha descarregado...
porque, sem internet móvel, de outra forma não teria sido fácil encontrar a península cubana!
Chegámos a Varadero já bastante tarde, 
ainda sem jantar, e fomos logo brindados com a típica chuva tropical...
não parecia auspicioso, mas eu não temi: estava certa que no dia seguinte teríamos sol!
Cansada de todas aquelas horas de condução, comi uma tosta mista no bar do hotel, 
e quis ir logo descansar:  preciso do meu sono de beleza!
Estava tão desgastada 
que nem me fez diferença o facto do nosso “bungalow” ficar mesmo em frente a uma discoteca cubana, 

que passou reggaeton durante horas a fio...
Adormeci de qualquer das maneiras, embalada pelo cansaço e ansiosa pelo dia seguinte,
para descobrir a praia de Varadero!

Não percam o próximo episódio da minha viagem cubana!

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