08 dezembro 2012

Opinion | Animais de raça - um direito ou uma futilidade?


only in portuguese, but feel free to translate

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Trazer um companheiro de quatro patas para casa é das melhores coisas do mundo!
Aconchegá-los no nosso colo, dar-lhes miminhos ou mesmo repreender as asneiras tem magia!
Para os doidos por animais como eu, é dos maiores desejos do mundo! (podem confirmar na minha wishlist)
Eu adorava ter um Golden Retriever e/ou um gato Bosque da Noruega, como a Annika tem!
Digamos que são as minhas raças de sonho, para cães e gatos, respectivamente!
Adoro o aspecto deles e a personalidade e acho-os perfeitos para mim!

Mas...sempre que se fala sobre o desejo de ter um animal de raça
há sempre alguém que questiona/afirma/sugere/obriga/refere a ADOPÇÃO DE ANIMAIS!

Antes de mais nada, gostaria de deixar bem claro que louvo muito todas as instituições que acolhem animais,
sou um coração de manteiga e, podendo, traria para casa todos os bichinhos abandonados que encontro nas ruas
e se ganhasse o euro-milhões (o que é impossível, porque não jogo), 
uma das principais vontades seria criar a minha própria instituição para acolher animais.

Acho que adoptar um animal numa instituição é fantástico e, tendo uma casa grande, fá-lo-ia com todo o prazer!
No entanto, não aprecio fundamentalismos.
Quem quer adoptar, adopta, quem prefere um animal de raça com pedigree e etc, está no seu direito!
Não é fútil, ou pior pessoa por isso!
Simplesmente tem uma preferência, uma vontade, um sonho de uma raça em específico!
Desculpem-me, mas só me ocorre a analogia com a adopção de crianças!
Se toda a gente se pusesse a dizer "não faça filhos, adopte!" havia de ser bonito!
Acho lindo adoptar uma criança (é outro grande desejo meu, mas isso é assunto para outro post),
da mesma forma que acho lindo alguém dar o seu amor a uma criança do seu sangue.
Uma coisa não é melhor que a outra. É simplesmente um pouco diferente!
Não sou das que admira a Angelina Jolie por adoptar. 
Acho fantástico, mas não acho mais louvável do que ter um filho biológico!
Admiro, sim, quem cuida bem de toda e qualquer criança, a eduque e ame!
Não vou julgar quem nem adopta, por mais que saiba que há crianças sem amor e sem lar!
(e isso é muito triste e só me faz pensar em como deviam alargar a adopção a todas as pessoas...
mas isso também é tema para outro post)

O mesmo se aplica aos animais! 
Admiro qualquer um que trate bem o seu animal, que lhe dê carinho, atenção, amor...
Detesto saber que há animais que estão nos canis e nos gatis à espera de ser abatidos,
MAS NÃO PODEMOS SALVAR TODOS! É impossível!
E isso é igualmente triste, porque os humanos não deveriam ter o direito de se desfazer dos animais abandonados!
Quem somos nós para decidir que "eles" estão a ocupar o "nosso" espaço?!
A culpa não é de quem não adopta e compra um animal...mas sim de toda a sociedade!
Apontar os dedos às escolhas pessoais de cada um, não resolve nada!
Eu nunca abandonaria um animal, de raça ou não, porque os adoro incondicionalmente!
Porque deverei ser culpada pelos erros dos outros?

Não sou melhor do que tu se comprar um cão de 1000€...
mas também não és melhor do que eu por adoptar um rafeiro num canil.
São simplesmente escolhas diferentes...e a minha única ressalva é que o amor, esse, seja igual!!!

Tenho dito.

22 comentários:

  1. Eu tenho um presa canária e uma labradora, não os comprei, foram-me oferecidos por amigos de familia que tinham acabado de ter ninhadas dessas raças. No entanto, se não so tivesse não me inibiria de ir a uma canil ou instituição buscar um, porque acredito que há coisas que não se compram :)

    Um grande beijinho*



    All about Lady Things 


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  2. Este é um tema que me diz mesmo muito, porque adoro animais e como tu, o meu sonho era ter uma instituição para acolher animais abandonados. Mas lá está também não jogo no Euromilhões. Quem sabe um canil de bloggers? ;)
    Quanto à questão de comprar um cão ou adoptar de um canil, acho que não pode ser equiparada a ter um filho biológico ou adoptar, porque no fundo são ambas adopções. Comparo sim a escolher a criança a adoptar. Se for adoptar a África a criança será provavelmente negra, se for à China,terá traços orientais etc. E isso não está errado. Cada um terá essa liberdade.
    Pessoalmente, tenho uma cadela cocker que veio de um criador. Era um criador amigo do meu tio que ofereceu uma cadelinha daquela ninhada. No entanto, se não tivesse sido esse o caso, teria ido ao canil e irei um dia. E não me incomoda que haja criadores. O que me incomoda é que alguns desses criadores abandonam e matam os cães que não consegue vender. O que me incomoda é que haja fábricas de cães em todo o mundo e quem sabe até em Portugal, sem que ninguém se aflija. Fábricas onde os cães que acasalam são mantidos em condições degradantes durante anos e anos até morrerem, sem nunca conhecerem a alegria de correr na relva.
    Isso sim é que me incomoda. E quem compra esses cães, está por vezes, sem saber, a contribuir para essa realidade.
    E o que também me custa aqui é que se trate um animal de estimação como uma coisa. Um bem que pode ser vendido e comprado e abandonado,s em consequênicas.
    Gostava apenas de dizer que podemos encontrar muitos cães e gatos de raça pura em canis e associações, porque como já mencionei, às vezes são os próprios criadores que os abandonam...
    Espero, sinceramente, que realizes esse teu sonho e que dês muito amor a quem te dará, de certo, todo o amor que têm para dar.
    Beijinhos,
    Diana do http://thegirlwhocouldntbeafashionista.blogspot.ie/

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  3. Eu tenho um sentimento ambíguo quanto a esta questão. Adoro animais e, sobretudo, cães. Tenho comigo há três anos a Sasha, uma labrador chocolate que é o melhor do meu mundo. Sim, foi comprada, foi-me oferecida como 'presente' de aniversário de namoro e foi o melhor que alguma vez poderia ter recebido. É claro que podia ter adotado, infelizmente há imensos patudos nas instituições mas se cresci com o sonho de ter uma patolas porque raio haveria alguém de criticar?

    Estou como tu, há várias analogias que poderemos fazer, umas mais duras do que outras. Eu também sei ser radical e extremista: bolas, por que se compra roupa nova se há por aí tanta em segunda mão?

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  4. Acho que disseste tudo , concordo plenamente contigo :)

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  5. Eu tenho três gatos, um ragdoll e dois sagrados da birmãnia. Adoro-os

    http://iseeuinhell.blogspot.pt/

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  6. É, sem dúvida, um tema complexo porque no fundo todos eles são cães e gatos, sabem lá se têm raça ou não. Nós humanos é que sabemos das raças e rótulos. O problema é o dinheiro e as pessoas com pouco carácter que movem o negócio dos animais e outros negócios

    Não implica que quem adopta no canil seja melhor pessoa do que quem compra numa loja um animal de raça ou rafeiro (se é que vendem rafeiros em lojas, não faço ideia) mas é claramente mais consciente, na minha opinião. E se não é mais consciente, está a ajudar mais os animais, inconscientemente.

    Todos eles precisam de lar, com raça ou não, de loja ou de rua, mas é o negócio público das raças que resulta, na sua grande maioria, numa exploração e maus tratos gigantes e assombrosos dos animais. Os de rua não costumam ser bonitos, saudáveis ou exóticos o suficiente, daí não gerarem negócio e serem simplesmente cães de rua. São os mais indefesos e os menos apelativos, daí quem os adopta gerar mais empatia por parte das outras pessoas pois acho que toda a gente prefere adoptar alguém "inteirinho", "lindo", com "pêlo bonito", "super bem comportado", não é? Mas até aí às tantas são mais felizes os rafeiros de rua do que os de raça, muitos deles filhos de cadelas que só servem para dar à luz, que já nem se aguentam de pé, tal é descalcificação da gravidez contínua, a viverem em jaulas do tamanho deles, com fraca alimentação, higiene, etc. e etc. Se esse é o pior cenário? Se essa é uma excepção? Eu acho que do pior que nós vamos sabendo, nunca vamos saber tudo. E isso já é o suficiente para me assustar imenso. Claro que devem existir negócios éticos mas acho que ninguém tem dúvida que é uma minoria. Por isso, quanto mais animais são comprados em lojas, mais o negócio cresce, mais animais são necessários no mesmo período de tempo. Se toda a gente está no direito de querer um animal de raça? Claro. E os animais de raça, volto a repetir, precisam igualmente de um lar ;) Mas aí acho preferível procurar e contactar directamente os criadores, conhecer o espaço e as condições em que os animais nasceram, cujo negócio é bem mais pequeno e controlado.

    De qualquer forma, e para terminar, aconselho vivamente a quem quer ter um animal que vá procurá-lo junto destas associações (caramba, e sempre poupam 300 ou 500 euros que depois podem investir na alimentação e cuidados, que esses sim podem vir a ser muito dispendiosos) porque hoje em dia, com a quantidade de cruzamentos espontâneos e de animais de raça que andam perdidos pelas ruas, podem bem encontrar animais com as características que desejariam e que à partida estariam numa loja.

    É curioso falares nos Bosques da Noruega pois quando adoptei os meus da rua numa situação extrema (nunca tinha tido gatos nem queria um animal tão cedo), saiu-me na rifa um que certamente é descendente dessa raça. Na altura nem sabia da existência dessa raça mas hoje em dia sei de tanta procura que é mesmo curioso ver pessoas a pagar rios de dinheiro por uma raça e a manter este negócio gigante e sujo dos animais quando cosmicamente me saiu um na rua e que saiu da rua :) Procurem nos abrigos que eles estão todos lá...

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  7. Bom, eu posso falar dos dois pontos de vista. O meu 1º cão foi de raça, comprado ao criador pelo meu pai tinha eu uns 9 anos, um Castro Laboreiro. O segundo trouxemo-lo para casa da rua, um rafeiro HIPERMEGA inteligente, que viveu 19 anos. O 3º foi oferecido e foi trazido de um canil, arraçado de doberman era mau como as cobras. O último, e o bebé do meu coração, foi um Husky Siberiano, tão grande que mais parecia um Malamut, custou os olhos da cara á minha mãe que o comprou para agradar á minha irmã, mas quem o criou, quem cuidou dele, quem o amou fui eu. E foi o amor da minha vida, em termos animais, quando ele morreu de falha renal foi o momento mais dificil da minha vida, pois foi de repente, num espaço de tempo tão curto, e só tinha 10 anos. Amei os meus cães todos, foram todos super bem tratados, mimados, acarinhados, comiam do bom e do melhor, iam á melhor clinica veterinária da zona, tinham atençao 24h por dia - sério! - e sei que els sentiram o amor que lhes demos a vida toda. Mas na altura eramos ricos - os meus pais, eu não ahah - e podíamos dispender todos os cuidados nos animais fossem de raça ou não. Nunca mais quis ter nenhum depois da morte do meu Youri, e não volto a ter nenhum, seja adoptado ou comprado, o meu filho tem pavor de cães e alergia a gatos, ainda bem porque a dor que senti com a morte deles... sinceramente não quero repetir, e não quero ter um animal se não lhe puder dar as condições de excelencia que pude dar aos outros 4. Maas para mim comprar ou adoptar, nada tem a ver. AMAR é que importa.
    http://fashionfauxpas-mintjulep.blogspot.com

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  8. Não, não és.

    Tens razão, todos temos o direito de optar.

    Mas existem cães de raça em canis, acho que o maior problema é esse... É que as pessoas preferem pagar 300€ por um suposto "labrador", do que procurar num canil (já estive em tantas consultas com supostos labradores... normalmente, esses são os aplidados "lavradores", com donos conhecedores da raça...)

    E outro problema, as modas! Mesmo que não se procure um animal com certas características...

    Conheço imensos Goldens Retrievers e gosto muito. São dóceis, energéticos, mas não parvos como os Labradores :P e muito inteligentes!

    Beijinho*

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  9. Mas o que também acontece é existirem cães de raça pura abandonados em canis e instituições e as pessoas continuarem a insistir em gastar centenas em vez de irem ao local de acolhimento de animais mais perto de si. Por exemplo, quando fui à U.Z. (União Zoófila) ver os animais e de onde trouxe a minha linda cadelinha - rafeira, mas porque foi a que me tocou fundo fundo no coração, não porque procurava especificamente um cão rafeiro ou de raça - haviam na cela ao lado 6 crias de labradores puros, que as pessoas podiam levar para casa por absolutamente nada! (Não se gasta nenhum dinheiro em adotar animais na U.Z., eu só paguei a trela, a coleira e as vacinas lá, porque escolhi).
    Acho que em vez que irmos logo a correr a uma quinta nas redondezas que crie animais de propósito para venda ou irmos espreitar as lojas de animais dos centros comerciais, devíamos dar primeiro uma oportunidade aqueles que são iguais aos que estão nesses estabelecimentos e que têm muito menos condições.

    the-perfectwardrobe.blogspot.com

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  10. Nádia, se toda a gente pensar como tu e forem gastar uns tantos no 'cão dos sonhos', ninguém adoptaria. Por isso penso que é um bocado inconsciente, até porque os cães que são vendidos geralmente são gerados da maneira menos ética possível, as "parideiras" sofrem e sofrem até deixarem de poder dar à luz e depois são abatidas, para os criadores lucrarem com as ninhadas... e geralmente os de raça têm sempre problemas associados aos seus genes, tipo os pugs que mal conseguem respirar e isso piora cada vez mais. haveria muito mais coisas para dizer sobre este assunto, mas nunca mais ia sair daqui.
    eu acho que é como o amor, tu não escolhes o teu namorado, apaixonas-te. eu apaixonei-me pela minha cadela, não é nenhuma boxer, nem dálmata, nem dogue alemão, mas acho-a muito mais exclusiva e única e não a trocava por nada :) Por isso se calhar se fosses a um canil, podias-te apaixonar por um animal e isso ia salvá-lo de um triste destino.
    E com isto não quero criticar-te, é que já conheci tantos maus e chocantes casos relacionados com o negócio das raças, que não posso estar de acordo...

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  11. concordo compleeeeetamente contigo!

    em especial "Não sou melhor do que tu se comprar um cão de 1000€...
    mas também não és melhor do que eu por adoptar um rafeiro num canil.
    São simplesmente escolhas diferentes...e a minha única ressalva é que o amor, esse, seja igual!!!"



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  12. Querida! O pouco que vou lendo (e acabei de "conhecê-la") não me desilude, pelo contrário...! Cada vez mais gosto das suas linhas de pensamento e considerações às várias circunstâncias controversas existenciais! Seja na relação que estabelece com o conceito Moda, seja na polémica: "comprar um animal? não,que horror... adopte-o, isso é mais digno!(?)" Concordo inteiramente na postura que deu como conclusão! Inclusive eu, tenho uma amiga ligada à defesa de animais em canil... a ideia de adoptar um animal, mesmo que tenha tenra idade, é um caso para pensar... é tudo uma questão de preferência! O que interessa é o Amor que se dá! Tanto precisa de se "desenvolver" um animal, que nasceu dentro dum lar ( e que possa a mãe não ter recebido amor, e isso transmite-se nos s/ genes), como o que foi abandonado e que tem o instinto de sobrevivência já "desencadeado" e por conseguinte mais capacidade para se defender..! Ambos precisam de Amor. Muito boa a s/ reflexão!Desmistifica o preconceito de que é um "horror" comprar um animal! Bj :o} MagRose

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  13. Eu preferi adoptar as minhas bixanas, porque elas precisavam de casa!
    Não questiono quem compra, mas eu não seria capaz de pagar por um animal (porque na maior parte das vezes é mesmo um negócio e os progenitores só servem mesmo para isso, e nem amor lhes dão), com tantos que precisam de uma casa!
    Se pudesse já tinha muitos mais bixanos, já que eu sou muito mais uma Cat Person! lol :)

    Beijinhos

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  14. olha eu tenho a mesma opinião que tu. o cão de sonho da minha mãe é uma golden e as pessoas gostam muito de olhar de lado por a minha mãe ter comprado um amigo. mas essas pessoas que dizem para adoptar e atiram pedras se temos uma raça preferida (e temos porque não há rafeiros iguais para as pessoas rotularem), essas pessoas se calhar nunca adoptaram e eu, comprei um amigo e adoptei 12. só porque há pessoas fúteis que compram e abandonam, não vamos levar com as culpas. eu sei que vou dar tanto amor á minha golden como dou aos meus rafeirinhos, por isso estou de consciência tranquila :)
    e tenho o mesmo desejo que tu... se ganhasse euromilhões, criava uma instituição e acabava com animais abandonados! beijinhos

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  15. Concordo inteiramente com Isa e Sakura! O que interessa é o amor! O pior é a especulação que se faz à volta do negócio dos animais... é uma loucura o que se tem de pagar para termos o bicho da raça desejada... :={

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  16. Concordo quando dizes que o importante é o amor que se sente mas, quanto ao adoptar ou comprar, sem dúvidas que prefiro a adopção.
    Há canis que têm cães de raça e rafeiros. Cães que foram comprados por balúrdios e depois os donos não os quiseram mais e abandonaram-nos. Tenho bastantes casos desses na minha zona. Não é normal dálmatas e golden retrivers serem "cães de rua".
    Acho que, antes de ter um animal de estimação, seja ele qual for, um ponto importante e que deve ser bastante ponderado é as pessoas terem noção das suas possibilidades monetárias. Um cão, tal como uma pessoa, tem necessidades de higiene, saúde, alimentação, etc.
    Além destes motivos, se a exploração e venda de pessoas não são correctos, também não acho que seja correcto fazerem dos animais um negócio.
    E com isto estou apenas a expor o meu ponto de vista, não a criticar a tua opinião :)
    beijinhooo

    (http://wildlifemakerudegirls.blogspot.pt/)

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  17. Concordo com tudo o que disseste, só não concordo é com a compra de animais :)

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  18. Um animal é isso um animal e não uma coisa. Por isso para mim comprar está completamente fora de questão. Adoro labradores e boxeres e amava ter um gato bengal mas pagar pelo um ser nem pensar. Mas escolhas são escolhas e cada um sabe de si!

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  19. Bem.. concordo com algumas meninas que aqui já comentaram.. se queres comparar com a adopção de crianças.. na minha opinião, não faz muito sentido a tua lógica.. Porque para comparar, teria de ser algo do género..
    Comprar um cão = escolher uma criança da raça X, com um aspecto Y e pagar por isso.
    Adoptar um cão = adoptar uma criança, independentemente da raça, aparência, etc.
    ***

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  20. A comparação que fizeste não tem nenhum sentido, na minha opinião.

    E sinceramente, acho que devemos pensar menos em nós, e mais neles. Neste aspeto, devemos por os nossos sonhos de lado (sonhos de ter raça X ou Y), e sermos mais altruístas. É que poucas pessoas devem ter a noção de quantos animais SEM donos existem, e quantos são mortos por ano. E não fazem ideia, do quanto eles sofrem, até irem a um canil.

    E quem decide comprar um animal, garanto-vos: a pessoa até pode gostar e amar esse animal, mas acreditem que não amam verdadeiramente todos os animais. Porque se amassem, nunca iriam tomar a decisão de comprar um animal, ao invés de SALVAR uma vida.

    Eu sou voluntária num canil, e saio de lá sempre com o coração partido. Não acham que há demasiados animais no mundo? E tão poucas famílias que os adotem? E os animais não são objetos para ser vendidos. É tão macabro, tão terrível. E muitos nem sabem o que esconde a industria de venda de animais.

    Chegamos ao limite, há imenso tempo. O abandono chegou a um nível impensável. E chegou o momento de pensarmos mais neles, do que em nós. Deixem as raças de lado. O amor de um animal, não se mede pela beleza deste mesmo. Chegamos ao limite.

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    Respostas
    1. É exactamente esse tipo de pensamento que a mim me faz confusão. Não sei se és vegan - isso também é um tema que acho extremamente controverso, e talvez um dia fale disso - mas se se vendem cabras e ovelhas para tirar leite e lã, porque motivo é que vender um animal para fazer companhia, para caçar ou para fazer criação, é considerado diferente? Não entendo o estigma por detrás dos animais de raça, como se quem é apaixonado por um raça fosse pior pessoa do que quem dá o seu amor a um rafeiro, por exemplo. Quando trazemos um animal para casa - um ser vivo - todos temos expectativas, seja um peixe ou um gato, podem ser expectativas que não tenham nada a ver com o aspecto, mas com o carácter, o facto de ser companheiro, etc. E se vamos entrar no domínio dos objectos, porque motivo é que nós é que temos de decidir que os cães ou gatos "estão a mais"? Acho isso muito pior do que gostar de boxers ou terriers. Porque têm os animais de ser abatidos? Quando os tornamos animais de companhia e, consequentemente, os deixamos à mercê dos nossos apetites, aí é que erramos. Quando os gatos e os cães eram selvagens e tratavam da vida deles, não vinha cá ninguém dizer "vamos apanhar os animais vadios e matá-los porque ocupam o "nosso" espaço!" O homem é que tornou os animais objectos, não eu. Por mim, tivesse eu dinheiro, teria todo o gosto em fazer um pequeno paraíso para animais abandonados - abandonar um animal, para mim, é dos piores crimes que se pode cometer.

      Eu sei que há animais que sofrem, da mesma maneira que sei que há crianças que sofrem, mas não posso salvar todos. Eu gostava de adoptar, tanto um animal (ou mais), como uma criança (ou mais) um dia, mas gostava também de um dia ter um golden retriever (que não viria de lojas de "fabricantes" de animais, mas de um criador respeitado e reconhecido) e de ter um filho biológico também. Não vejo onde é que isso me torna pior pessoa, entendes? Foi isso que quis transmitir. Faz lembrar os vegans que tentam obrigar os outros a ser iguais. Não quer dizer que eu não respeite os animais - e que goste que a indústria os trate como trata, especialmente aqueles que comemos - simplesmente acho que o mundo não é uma utopia...e deixamos o jardim do éden há muito infelizmente.

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